Por que os evangélicos, de um modo geral, não ingerem bebidas
alcoólicas?
Na Bíblia, há alguma proibição ou restrição à ingestão
delas?
E falou o SENHOR a Arão, dizendo: Vinho
ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na
tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso
entre as vossas gerações, para fazer diferença entre o santo e o
profano e entre o imundo e o limpo, e para ensinar aos lhos de Israel
todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado pela mão de Moisés.
Fomos separados para Deus. Como reis e
sacerdotes do Altíssimo, não devemos ingerir bebidas alcoólicas para não
dar lugar à nossa carne e ao pecado. Além disso, em Provérbios 20.1, é
dito o vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo
aquele que por eles é vencido não é sábio. O álcool compromete nossos
reflexos e nosso bom senso, e prejudica a nossa saúde.
Essa droga psicotrópica, que atua no
sistema nervoso central, pode causar dependência e mudança de
comportamento. Além da euforia e desinibição, ela provoca falta de
coordenação motora, sono e descontrole. Após alguns anos, os efeitos
agudos do álcool são sentidos no fígado, no coração, nos vasos
sanguíneos e no estômago.
Somos templo do Espírito Santo (1
Coríntios 3.16,17). Devemos, portanto, cuidar dele. Além de exercício
físico e repouso adequado, precisamos adotar uma alimentação mais
saudável e abster-nos de bebidas alcoólicas, fumo e do uso irresponsável
e sem prescrição médica de medicamentos.
Mesmo um copo de cerveja antes de
dirigir pode ser fatal. Você sabia que um copo de cerveja demora cerca
de seis horas para ser eliminado pelo organismo? Uma dose de uísque, que
é bem mais forte do que a cerveja, demora mais tempo ainda. Por isso, a
nova lei de trânsito não admite qualquer teor alcoólico ao motorista,
uma vez que, ao diminuir seus reflexos, a probabilidade de acidentes
aumenta muito.
O uso do álcool a longo prazo também
pode produzir dependência química e cirrose hepática, bem como causar
problemas nos relacionamentos interpessoais, atrapalhando o convívio na
família e no trabalho.
Em Romanos 6.16, Paulo exortou: Não
sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer,
sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da
obediência para a justiça?
Não devemos ser escravos de nada nem de ninguém, quanto mais de bebidas alcoólicas, que nada de bom acrescentam à nossa vida!
Há aqueles que contra-argumentam: “Ué,
mas Jesus não bebeu vinho? Por que os cristãos também não podem?” Jesus e
os judeus, de um modo geral, bebiam um tipo de vinho que era resultante
da fermentação natural do sumo da uva. Além disso, a questão não é
poder ou não poder beber; é não dever. Como Paulo disse em 1 Coríntios
6.12: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm;
todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por
nenhuma.
Para evitar problemas e mau testemunho,
há muitas coisas com aparência de mal de que o cristão deve abster-se.
Jesus disse a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas
ai do homem pelo qual eles vêm! (Lucas 17.1). Não podemos escandalizar
ninguém, tampouco ser pedra de tropeço à fé de ninguém. Foi isso o que
Paulo a¬ rmou em Romanos 14.13 — Bom é não comer carne, nem beber vinho,
nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou
se enfraqueça — e em 1 coríntios 8.13 — Pelo que, se o manjar
escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão
não se escandalize.
São pelas razões acima expostas que nós,
evangélicos, não ingerimos bebidas alcoólicas e condenamos essa
prática, que pode levar ao vício do alcoolismo, trazer danos à saúde e
aos relacionamentos, acarretando a destruição de vidas.
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